O que a inteligência artificial tem a ver com sustentabilidade? 

Personalizáveis sob demanda, as soluções baseadas em inteligência artificial podem ser aplicadas em diferentes setores, incluindo na conservação e preservação dos recursos naturais e planejamento com foco na gestão territorial sustentável.

Já é consenso global que tecnologias baseadas em inteligência artificial (do inglês Artificial Intelligence) podem, e devem, desempenhar um importante papel na implementação de boas práticas de sustentabilidade.

Para se ter uma ideia, segundo um relatório da consultoria PwC, divulgado em 2019, com uso de inteligência artificial (IA), a partir de sistemas de monitoramento de florestas em tempo real com base em imagens de satélite e sensores, seria possível poupar 32 milhões de hectares de floresta no mundo até 2030.

Soluções de IA com foco na agricultura de precisão e melhorias nas previsões climáticas já permitem ganhos de produtividade, competitividade e conservação de recursos naturais. 

Uma publicação recente da Wildlabs considerou, ainda, a IA como uma das três principais tecnologias emergentes aliadas da conservação. Soluções como armadilhas fotográficas, imagens de satélite, gravações de áudio, entre outras, podem detectar espécies de animais entre milhares de fotos, apoiar na identificação de caçadas ilegais, no monitoramento de áreas de supressão vegetal, e uma série de coletas de dados vitais para conservação – reduzindo consideravelmente a necessidade do trabalho manual durante a coleta, monitoramento, visualização e análises.  

Inteligência Artificial e a biodiversidade 

Neste contexto, é possível elencar uma série de aplicações de tecnologias com base em IA para garantir a conservação e a preservação dos principais repositórios de biodiversidade do planeta e manutenção do equilíbrio das três dimensões da sustentabilidade: econômica, social e ambiental.

Um exemplo de iniciativa que vem apresentando bons resultados na região da Mata Atlântica, é a implantação de um sistema computacional baseado em inteligência Artificial que inspeciona em tempo real, 24h por dia, as imagens de câmeras do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu (PR), para o monitoramento e emissão de alertas sobre a presença de predadores, especialmente felinos, no perímetro externo da instituição.

O sistema detecta a aproximação de animais e emite uma notificação em tempo real para os responsáveis, que poderão tomar as medidas recomendadas, conforme a situação. Foto: Divulgação/PTI

A tecnologia foi desenvolvida pelo Centro de Inteligência e Gestão Territorial do Parque Tecnológico Itaipu – Brasil (PTI-BR) e atua integrado às câmeras de segurança do Parque das Aves, conectadas a um servidor de processamento e que inspecionam a área do contorno que faz fronteira com o Parque Nacional do Iguaçu.  

A ferramenta detecta a aproximação dos animais e emite uma notificação em tempo real para os responsáveis, que poderão tomar as medidas recomendadas, bem como utilizar as informações para a estruturação de protocolos e ações de prevenção.  

A cooperação interinstitucional unindo as competências do Parque Tecnológico Itaipu, enquanto Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), que investe e desenvolve uma série de soluções com foco na resolução de problemas reais do mercado e na geração de bem-estar para a sociedade, aliado ao know-how do Parque das Aves, é uma amostra real que é possível utilizar a pesquisa e inovação aplicadas em prol da conservação da biodiversidade.

Pesquisa e desenvolvimento

O PTI-BR conta com uma equipe de profissionais que estão pesquisando e desenvolvendo uma plataforma baseada em inteligência artificial que pode ser aplicada para atender as necessidades de diferentes setores como segurança pública, setor elétrico, cadeias produtivas do agronegócio, entre tantas outras que podem ser customizadas, conforme necessidade. Essa plataforma foi utilizada neste case com o Parque das Aves e está disponível para atender demandas de outros clientes que manifestarem interesse.

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